10 agosto, 2010

[in]diretas Já!

 
 

 Eleições chegando, e o cidadão brasileiro ansioso para decidir o rumo do país, e de algum modo seu próprio rumo nos próximo quatro anos, na verdade não. Quando finalmente conseguimos tal direito, direito constitucional e humano de fazer escolhas, seria hipócrita não desejar fazer esses ''votos cerimoniais temporários com um político''? Talvez mais hipócrita seja chamar um país 'livre e democrático' onde você é obrigado a votar.
  Política para o brasileiro é como o futebol, escolhe-se um partido, geralmente o mesmo de sua familia, e com o furor da paixão repete a cada dois anos, esse ritual sagrado. É semelhante ao futebol quando se aproximam as eleições, onde candidatos, usufruem da tática e habilidade de comunicação dos jogadores, são sempre as mesmas respostas, toda aquela conversa que enrola, enrola e não diz absolutamente nada, ou simplesmente provoca o adversário antes de uma partida decisiva. Como no futebol, política é pura paixão.
 Vejo inocência, no pior sentido da palavra, no brasileiro. Que acreditam que política é exatamente aquilo que vê todos os dias em sua gasta televisão, que se resume em promessas e roubos. Todavia, a coisa vai muito além. Há jogos de interesses muito maiores do que a vontade de fazer realmente algo. Mais do que melhorar o país, eles desejam o poder, e não medem esforços para tal, o resto fica para jogos de aparência a qual temos acesso.
   E afinal de que servem debates televisivos, aos quais candidatos tem um deplorável espaço de tempo para expor suas propostas, incontáveis questões que englobam uma sociedade? Qual a finalidade destes senão a audiência televisiva sobre um falsa idéia de serviço publico, escondida nos braços de interesses políticos? Debates estes que acabam sendo 'rounds' de lutas oficiais entre candidatos com palavras e declarações pré-estabelecidas por uma comissão de assessores.
  Porque o horário eleitoral é esperado ansiosamente para sabermos as propostas e quem realmente são nossos candidatos. E me diga quem não assiste atenciosamente? Ninguém, pelo menos nunca soube de um caso que alguém da sala grita: ''Gente vem que começou o horário eleitoral''. Aquelas frases decoradas, e completamente vazias, aquele batalhão de gente passando pela tua televisão em segundos e dizendo números inteligíveis, aquelas musiquinhas motivacionais mostrando um povo satisfeito, amável e feliz. Afinal somos um povo feliz, trouxa, porém feliz, orgulhem-se!
 

 Eles fingem se importar, nós fingimos acreditar! E juntos vivemos num mundo de fantasia chamado Brasil 

Eu quero votar pra presidente. será?