
Completou um mês da morte da menina Bárbara Calazans. Numa história que teve um fim trágico, e que parece se tornar cotidiana. Bárbara foi assassinada pelo namorado que estava sob efeitos do crack, ao tentar impedir que ele usasse a droga. 18 anos, e uma vida repleta de possibilidades foi encerrada prematuramente.
Não a pena e punição que caia sobre esse rapaz que trará essa jovem de volta a sua família e ao mundo. A droga não tira sua culpa, mas é evidente o seu estrago, agora esse rapaz não trará nenhum risco a sociedade. Todavia o crack continua na vida de tantas outras pessoas, e outras jovens estão a mercê do destino de Bárbara.
E o que é feito? São tomadas somente medidas punitivas ao invés de medidas preventivas. Não se pode controlar a vida dos jovens, o que se pode fazer é mudar o meio em que eles vivem, e sua consciência sobre o mundo.
Quero acreditar que Bárbara Calazans não deu sua vida em nome de uma causa perdida.
Quero acreditar que histórias assim não passem despercebidas e se tornem ainda mais cenário comum em nossas vidas.
Quero acreditar que sua morte sensibilize todos como me sensibiliza.
Queria acreditar que não veria mais noticias de jovens morrendo direta e indiretamente pelas drogas.
.. que esta guria possa ter feito algumas pessoas caírem em si, e entenderem e enxergarem o meio em que estão vivendo. para que não cruzemos os braços enquanto pessoas próximas se destroem. Para que não nos acostumemos com o errado. Para que entendermos que sempre há algo a ser feito.
Ela fez algo para ajudar alguém perdido e acabou perdendo a vida.