22 novembro, 2010

Três Roceiros em São Paulo

 
Certas pessoas quando se reúnem, poderiam, ou melhor, deveriam invocar o Capitão Planeta. É uma prenuncia de confusão no final.

 Certa vez, convidaram três jovens matutos do interior para uma festa em São Paulo, e não há como negar um convite a ir a S. Paulo, terra que nunca dorme. Mesmo que este convite seja para ajudar numa festa, afinal pra quem assistiu Cockteil e viu o nosso amigo Tom Cruise se dar muito bem atrás do balcão, ajudar no bar seria molezinha.
 A festa era de debutante de uma jovem, nova parenta de um dos roceiros interioranos, o qual convidou os outros dois para o baile da filha da mãe da tia da irmão da mãe da sogra de alguém ...
 Ocasião especial exigia um traje especial, então todos prontamente vestidos de meia beca, ou esporte fino rumo a Manhattan Tupiniquim no cair do sol num sábado agradável.
  Quando se fala em São Paulo, logo se imagina a av. Paulista, bem a festa se passava um bocado longe da Augusta  para desapontamento de um dos matutos. Na verdade era muito além, além de onde a minhoca de me metal chega. Poderia poupar o fato que se perderam no caminho, em meio ao labirinto de avenidas que é San Pablo. Mas mineiro é calmo com seu matin no canto da boca e logo se encontram no caminho novamente. 

O lema de um pessimista é sempre imaginar o pior ...

Mas o nome S. Paulo carrega magia em si, e quando se cogita São Paulo, tudo é possível e imprevisível e imaginar coisa pouca é bobagem. Porém o baile era além desta terra de Fantasia, onde Neverland não estendia seus poderes, uma terra esquecida, terra em que velho Mufasa havia banido conhecida como a Zona Leste, antro de peregrinação para os terroristas da seita Corintiana.
 Bom se o lugar não era dos melhores, pelo menos as pessoas... hm também não eram. Raciocinemos se a festa era de 15 anos, logo o que se espera? Dançarinas e acompanhantes contratas para entreter os convidados, é claro. Mas esta era diferente, era repleta de parentes da aniversariante e uma molecada de uns 15 anos, puta sacanagem.

 Bem a festa sucedeu bem e a guria conseguiu completar teus 15 anos com sucesso. Porém no bar, que não tinha um balcão de granito negro, como se imaginava, muito longe disto, parecia mais um picadeiro. Foram improvisadas colheres, e bebidas, frutas e gelo, coqueteleiras e principalmente foram improvisadas bebidas. Um mar de gente em volta de três jecas que na primeira calmaria do mar saíram de fininho para tentar aproveitar o resto da festa. E assim aproveitaram - um dormindo, outro com a família e o ultimo jeca ... na libertinagem paulistana. Acabaria assim, caso terminasse ali, mas só termina quando acaba...

 Saldo, dentre mortos e feridos salvaram-se todos, por enquanto ...